Você sabe qual é o valor mínimo que sua empresa tem que alcançar para deixar de ter prejuízo e começar a ter lucros? Esse valor mínimo é o chamado Ponto de Equilíbrio da empresa.
Quando estamos tocando nosso negócio, podemos achar que ao final do mês, após pagar todas as contas do mês e acertar os funcionários, podemos pegar o valor que quisermos para retirada do caixa, mas não funciona dessa forma.
Toda empresa para ter uma vida longa e próspera, precisa de um bom planejamento e um ótimo acompanhamento do que foi projetado, para que isso possa ser feito, precisamos de índices que nos apontem se estamos no caminho certo.
Conhecido também por sua sigla em inglês Break Even Point (BEP), o ponto de equilíbrio é um índice que marca o ponto em que as vendas criaram receita suficiente para estarem em equidade com os custos e despesas da empresa, assim, quando passado esse índice, a empresa passa a ter lucro, caso contrário é identificado o prejuízo.
Por isso, é comum presenciar donos de empresas recém criadas dizendo “estamos chegando ao nosso ponto de equilíbrio, logo iremos começar a ter lucro”. Isso significa que a empresa dele estava tendo prejuízo e precisando de aporte para sobreviver, mas que agora está “empatando as contas” e logo começará a dar lucro.
Tipos de Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio é dividido em 3 segmentos. Da mesma forma que temos a divisão na gestão financeira do nosso negócio com o regime de competência e com o regime de caixa (Para saber mais, clique aqui), no ponto de equilíbrio nós temos o contábil, financeiro e econômico.
Para calcularmos os Pontos de Equilíbrio, precisamos saber a nossa margem de contribuição (citada no texto Como formar o meu preço de venda de uma maneira que não tenha prejuízo? ), dessa forma:
Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)
Além da margem de contribuição, você também deverá ter em mãos:
- O volume de vendas e os preços dos produtos que você trabalha;
- Seu fluxo de caixa detalhado com as despesas e custos da empresa;
- Suas receitas projetadas e realizadas e as recorrentes.
Ponto de Equilíbrio Contábil – PEC
O PEC é a forma mais simples de se chegar a este valor e também é a forma mais utilizada. Nessa modalidade, o valor dos custos e das despesas fixas é dividido pela margem de contribuição, resultando assim, na receita necessária para igualar os gastos.
Ponto de Equilíbrio = Gastos Fixos / % Margem de Contribuição
Ponto de Equilíbrio Financeiro – PEF
O PEF é muito parecido com o PEC, porém exclui-se dos custos fixos a depreciação dos ativos e outras despesas não desembolsáveis, ou seja, você não contabiliza o que não sai realmente em forma de dinheiro da sua empresa. Dessa forma, o PEF passa a ser mais compatível com o caixa da empresa.
O PEF por não considerar os gastos que não sairão do caixa, traz uma abordagem de curto prazo, ele não prepara a empresa para futuras situações.
A fórmula para o PEF é a seguinte:
- PV = Preço por unidade vendida
- CF = Custo operacional fixo;
- DP = Depreciações;
- A = Amortizações;
- CV = Custo variável unitário
PEF = (Gastos Fixos – Gastos não Desembolsáveis) / Margem de Contribuição
Ponto de Equilíbrio Econômico – PEE
Agora nesse indicador, nós iremos acrescentar o custo de oportunidade, que significa uma comparação, se você tivesse colocado o valor investido em um negócio, tirado e colocado em outro ou em uma aplicação financeira.
Nesse indicador, verificaremos se o seu negócio é vantajoso igual a um outro investimento e se está alcançando o objetivo definido pelo empresário.
Para encontrar o PEE deve-se desconsiderar a soma dos gastos que não representam desembolsos financeiros, assim como no PEF.
A fórmula do PEE é assim:
- PV = Preço por unidade vendida;
- CV = Custo variável unitário;
- COp = Custo de Oportunidade;
- CF = Custo operacional fixo.
Em outras palavras e de um modo mais fácil de entender, o cálculo é assim:
Ponto de equilíbrio econômico = custos e despesas fixas + custo de oportunidade/margem de contribuição
Os cálculos citados acima, os termos, registros e outras burocracias, devem ser feitos pelo empresário para que sua empresa cresça. Para evitar perda de informações, de tempo e de paciência, é recomendado a utilização de um Sistema de Gestão, que fará todos os cálculos por você, economizando tempo e mantendo seus dados seguros e confiáveis.
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